Político sem partido
Hoje no Brasil, todo candidato deve, obrigatoriamente, estar filiado a um partido político, conforme norma constitucional. De acordo com dados divulgados pela Rede de Informações Eleitorais ACE, nove em cada dez países democráticos permitem candidatos avulsos em algum tipo de eleição – cerca de 37% dos países aceitam candidaturas independentes em eleições legislativas e presidenciais; perto de 40% apenas para eleições legislativas; e outros 13% apenas para eleição de presidente da República. Vamos pensar juntos sobre isso? Por que não a candidatura independente?
A adoção de uma candidatura independente tem efeito benéfico inclusive sobre os próprios partidos políticos, que para se manterem competitivos, passam a ter que respeitar as bases, realizar prévias partidárias, respeitar os estatutos e programas sociais, e fazer alianças que sejam condizentes com tudo isso. Então, por que não dizer sim a candidatura independente? O Povo Quer lembrar os fundamentos da República Brasileira dispostos na nossa constituição, que asseguram:
Art. 1º
II – A cidadania;
III – A dignidade da pessoa humana;
V – O pluralismo político.
Os partidos políticos nasceram no século 19 para sociedades de baixa tecnologia. É absurdo que concentremos nessas instituições o monopólio da vida política, porque nós entregamos aos partidos políticos, que são entidades privadas, o exercício da cidadania. O Povo Quer o fim desse tipo de candidatura!
O fim das coligações proporcionais tende a imprimir uma nova dinâmica nas eleições 2020 e no interior dos partidos. As direções partidárias terão que fazer uma seleção dos seus mais competitivos candidatos para lançá-los, sem que eles concorram com outras candidaturas do mesmo partido.
Em virtude dessa situação, acredita-se que o que se verá até maio de 2020 será um conjunto de fusões partidárias e a formação de federações de partidos, para conseguir êxito na disputa proporcional. Estamos de olho.