O Povo Quer o fim do Político Profissional
Um dos pontos defendidos para o fim da reeleição eterna de um político é que ele não terá tempo suficiente para arquitetar um processo de corrupção. O aumento para 5 anos de mandato, por exemplo, compensará o fim da reeleição adicionando-se mais um ano de mandato. O cargo político deixa de ser opção por interesses financeiros e passa a ser por interesses patrióticos. O tempo deverá ser contado para fins de aposentadoria.
Todos sabemos que até hoje os políticos fazem de seus mandatos carreiras políticas para se enriquecerem. O cargo legislativo não deve ser carreira profissional. O artigo 5º da CF estabelece a igualdade de direitos e deveres. Em seu caput XIII diz ser livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão. Obviamente cabe interpretações diversas. No caso em questão as chances não são igualitárias, pois 90% dos políticos eleitos até hoje pertencem a uma classe social alta, cujos investimentos financeiros de suas campanhas já são desleais, em relação a outro de uma classe social baixa.
Assim, o rico se elege e se perpetua no poder até o fim da vida e ainda coloca seus descentes no mesmo rumo, tornando uma família inteira a viver das regalias que a política proporciona, permitindo-se dessa forma a formação de um grupo Aristocrata, isso tem que acabar!
O que queremos é limitar as reeleições dos políticos e que, desta forma, eles não fiquem se reelegendo eternamente, como é o caso do José Sarney. A reeleição cria a necessidade da corrupção porque reeleger-se custa muito caro. Nossa iniciativa também é contra a perpetuação da corrupção por meio das famílias dos políticos. Afinal, ainda que um político não se reeleja, ele pode perpetuar os esquemas de corrupção por meio dos familiares.
A iniciativa contra o político profissional pode ser feita por um objetivo popular, como foi o caso da Ficha Limpa. Agora, precisamos somar energias e, por isso precisamos buscar movimentos com iniciativas parecidas, que querem limitar os mandatos políticos e exigir que os políticos continuem exercendo suas profissões originais. Um político não pode deixar a profissão em que atua. Se ele é médico, deve continuar atuando como médico, se é advogado, deve continuar atuando como advogado e etc, porque ele não pode se perpetuar como político, é uma ocupação cívica passageira.