O Povo Quer a nova política
A “velha política” levou a melhor. O Orçamento brasileiro do fundo eleitoral de 2 bilhões de reais. A decisão era vista como um teste se o discurso da “nova política” seria capaz de enfrentar a realidade da “velha política”. Não foi.
Com a aprovação, as relações de Bolsonaro com o Congresso devem melhorar significativamente nas próximas semanas. As atividades parlamentares retornam no dia 3 de fevereiro e, com a verba para as eleições municipais deste ano garantida, a disposição em trabalhar com pautas caras ao governo – como a reforma administrativa e a tributária – deve aumentar.
Bolsonaro havia demonstrado desconforto em sancionar o Orçamento tal como foi aprovado pelo Congresso, que chancelou o texto em meados de dezembro. O presidente já havia criticado diversas vezes o chamado “fundão”, e o assunto é um tema sensível a seus apoiadores. “Nós temos de agir com inteligência. De vez em quando, recuar. Algumas coisas eu sanciono contra a minha vontade. Outras eu veto contra a minha vontade também”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro passou janeiro tentando mandar sinais para seu eleitorado de que o fundão acabaria passando. Em uma enquete no Facebook, o presidente perguntou como deveria proceder e sugeriu que, se vetasse a própria proposta, poderia incorrer em crime de responsabilidade, ficando sujeito a um processo de impeachment.
Nós perguntamos: é genuíno que o presidente da república faça enquetes no Facebook para tomar suas decisões? E uma decisão tão importante como esse e que estava prevista em campanha?